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Cartaz: VENCER a crise avançar na revolução/ MDP-CDE
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Título: VENCER a crise avançar na revolução/ MDP-CDE

198

Anunciante: MDP-CDE - Movimento Democrático Português - Comissão Central do MDP-CDE
Tipografia: Desconhecida
Local de Impressão: Desconhecido
Data de Impressão: 1975
Dimensões (cm): 43x30
Tiragem: Desconhecida
Cor: Cor

Assunto: MDP-CDE - Movimento Democrático Português - Comissão Central do MDP-CDE
Contra- revolução
'Verão quente de 1975'
Vasco Gonçalves
MFA
Género: Esclarecimento
Tipo de Cartaz : Jornal de parede
Impressão: Offset
Artista: Incógnito
Autor do Texto: Incógnito
Arquivo: Comissão Nacional de Eleições


Observações ou identificação da fonte:
Comissão Nacional de Eleições, cota nº CNE-CT - 338/A-5

Transcrição do texto:
VENCER A CRISE
avançar na revolução

1
A reunião que hoje se realizou no Quartel General do Governo Militar de Lisboa, entre os comandos das respectivas unidades e o Directório do Conselho da Revolução, tomou a importante decisão de reafirmar a plena confiança que o MFA deposita no Directório e na figura do Primeiro Ministro General Vasco Gonçalves.

2
As manobras contra-revolucionárias desencadeadas pela reacção nacional e estrangeira não atingiram o seu objectivo imediato.
Os inimigos da Revolução fomentaram uma intensa campanha de calúnias, conjugada com uma escalada violenta, de tipo fascista, contra os trabalhadores, as suas organizações de classe, os partidos políticos progressistas e o próprio Movimento das Forças Armadas. Visavam instalar um clima de insegurança e de terror, destruir a confiança do nosso povo, na Revolução, fazer recuar os militantes revolucionários, dividir o MFA, desprestigiar o Primeiro Ministro com o objectivo de derrubar o Poder democrático e assim abrir caminho a um governo de direita.

3
A decisão agora tomada permite avançar para a constituição de um novo Governo. Estão abertas perspectivas favoráveis para, no imediato, resolver a crise, consolidar o Poder e reforçar a autoridade democrática.
Importa seguir em frente reforçando as decisões tomadas.
É necessário que o Poder democrático, em particular o novo Governo a constituir, defina uma linha de orientação inequivocamente revolucionária. Há que aplicar uma política social e de emergência, com o objectivo de enfrentar os problemas mais agudos que hoje afectam as classes trabalhadoras, pequenos e médios agricultores, comerciantes e industriais, criando condições para a melhoria do nível de vida do nosso povo e ao desenvolvimento e independência nacionais. Há que tomar medidas enérgicas e firmes contra a reacção, contra os que conspiraram onde quer que se encontrem; medidas que ponham cobro a actos de violência fascistas, cortando as raízes do plano contra-revolucionário e impondo a ordem democrática.
Para tal há que dotar o Governo dos meios indispensáveis para poder actuar, há que reforçar a coesão entre os diversos órgãos do poder e o seu respeito conjunto pelos grandes objectivos revolucionários e patrióticos.

4
O que se tem vindo a passar neste período de acção contra-revolucionária é a imagem dos grandes perigos que a revolução corre quando a autoridade democrática cede à indisciplina e à provocação, quando não dá resposta pronta e deixa desenvolver calúnias, as intrigas e as manobras divisionistas.
É necessário firmeza e determinação.
A hora não é de expectativa. Há que combater a reacção e opor uma forte barreira àqueles que desejam implantar de novo no País um regime de exploração e submissão ao capitalismo.
Impõe-se a intervenção das massas trabalhadoras e das camadas populares em geral nas tarefas da revolução. É necessário unir esforços na intensificação da vigilância revolucionária, no aumento da participação popular na vida do Pais, no reforço conjunto da organização popular que liberte a força criadora do povo, esmague as tentativas dos que desejam o regresso ao passado, consolide e amplie aliança entre o Povo e o MFA, garantia de um Portugal livre e democrático, porque caminha para o socialismo.

4.8.75
A COMISSÃO CENTRAL DO MDP-CDE

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